A Torre Negra: Nasce o Pistoleiro #01

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Capa original e variantes de “The Gunslinger Born”
Título Original: The Dark Tower: The Gunslinger Born #01
Título Traduzido: A Torre Negra: Nasce o Pistoleiro #01
Publicação: 07/02/2007
Publicação no Brasil: 01/02/2008
Série: A Torre Negra
Arco: Nasce o Pistoleiro
Edição: 01 de 07
Número de Páginas: Aproximadamente 30
Personagens: Roland Deschain, Cuthbert Allgood, Alain Johns
Editora: Marvel Comics
Equipe Criativa: Peter David e Robin Furth (Roteiro) / Jae Lee e Richard Isanove (Arte)
Arte de capa: Jae Lee

Em 2007, a Marvel Comics, casa dos grandes heróis como Homem-Aranha, Hulk, Capitão América e Homem de Ferro, abriu as portas para expandir seu universo ao contratar Robin Furth e Jae Lee, para roteirizarem e desenhares, respectivamente, uma nova série em quadrinhos baseada na popular saga A Torre Negra. O desafio de Furth e Lee foi acrescentar e reproduzir o universo criado por Stephen King, sem aleijarem ou deturparem o Mundo Médio e seus habitantes.

O primeiro arco, entitulado “Nasce o Pistoleiro” conta como Roland Deschain, ainda adolescente, se tornou o maior pistoleiro de todos os tempos. Os sete arcos que compõem as HQ’s de A Torre Negra contam a história da juventude de Roland, o que pode ser considerado como uma adaptação do quarto romance da série, “Mago e Vidro”, que conta muito sobre essa fase da vida do herói, apesar de ter alguns elementos do primeiro livro também.

O primeiro capítulo deste arco começa com a já famosa introdução “O Homem de Preto fugia pelo deserto, e o Pistoleiro ia atrás”, e temos uma breve centelha do que será a segunda fase das HQ’s, baseada no livro “O Pistoleiro”; o deserto que antes existia apenas em nossa imaginação é mostrado, e a silhueta do Roland adulto não passa de um jogo de sombras, o que é convencional, já que a primeira fase foca apenas na juventude do pistoleiro. Após este prólogo, conhecemos o jovem Roland, e seu ka-tet, Cuthbert Allgood, e Alain Johns. Todos os três possuem uma ambição em comum, tornarem-se pistoleiros e, como virou slogan recorrente, “lembrarem os rostos de seus [respectivos] pais”. Antes que isso aconteça, é claro, há um teste. A primeira edição foca exatamente neste teste, em que Roland deve derrotar seu mentor, Cort, assim provando-se digno da honra de ostentar as armas de seus antepassados. Roland, como se sabe, tem sucesso ao usar uma arma inesperada, David, seu falcão de estimação, que quase mata Cort.

Entretanto, nem tudo são rosas para o jovem Roland, pois desde cedo ele descobre a infidelidade de sua mãe, Gabrielle, flagrando-a na cama com o mago de Gilead, o asqueroso e perigoso Marten Broadcloak, a quem os fãs mais viciados de Stephen King poderão reconhecer com o nome de Randall Flagg. O mago faz pouca questão de esconder a traição, muito pelo contrário, é intenção de Marten que Roland se descontrole e acabe sendo levado ao exílio; o pistoleiro sangue-frio, entretanto, não o faz, deixando Marten secretamente irritado. A parte final desta edição mostra Roland em seu leito, sendo confrontando por seu furioso pai, Steven Deschain, que diz que o jovem esqueceu seu rosto.

Pessoalmente, eu senti a mesma magia épica e relativamente medieval dos livros durante todo esta etapa da HQ; Robin Furth, a roteirista, uma grande fã do trabalho de King, teve o bom senso de manter o dialeto original usado não só pelos personagens, como pelo narrador (no idioma original dos livros, obviamente), e começou muito bem a HQ, levando Roland a dar seus primeiros passos em direção da Torre Negra. Jae Lee, que ficou responsável por dar vida de tinta aos personagens, tem um traço marcante, da qual eu senti muita falta a partir da segunda fase da HQ (The Gunslinger, onde foi substituído por Sean Phillips), sempre fui muito acostumado com seus desenhos e cores desde a época de suas participações especiais nas HQ’s dos principais heróis da Marvel. No final da HQ, como virou costume, temos, além dos extras de esboços, um texto escrito por Furth. Nesta edição, ela encarna Vannay, mentor de Roland, e explica ao público o poder e o significado dos 12 feixes que passam pela Torre Negra. É desnecessário dizer que, irremediavelmente, aqui e acolá a HQ apresentará spoilers dos livros (principalmente do quarto), então fica a seu critério acompanhar seu desenvolvimento se você nunca tiver lido a saga.

E assim começam as aventuras do último pistoleiro do Mundo-Médio pelas histórias em quadrinhos; e começam muito bem. A primeira fase, que começou em fevereiro de 2007, e terminou em abril de 2010, com 30 edições, conta com excelência como o menino se tornou o herói que tanto adoramos nos sete (em breve oito) volumes da saga literária. Felizmente, com o passar das 30 edições a qualidade não caiu tanto, apesar do que algumas edições ficaram bem fracas, em especial as do segundo arco, O Longo Caminho para Casa… mas até lá temos mais seis edições para resenhar deste arco, então se você curtiu já de cara esta resenha, não perca tempo e compre a HQ (de preferência o encadernado lançado pela Suma de Letras, que possui uma qualidade MUITÍSSIMA superior à da Panini), e obrigado por ler. Até a crítica da edição 2.

Resenha por: Boni Neto, administrador do site: KingOfMaine.com.br

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8 respostas

  1. Gostei da crítica, mas contém alguns erros. O roteiro é de Peter David (Robin Furth, autora de – se eu não me engano – duas enciclopédia sobre o mundo médio, fez apenas a revisão). Somente os desenhos são de Jae Lee, as cores (belíssimas, diga-se de passagem) são de Richard Isanove.

    1. A enciclopédia foi lançada em duas versões: Dois volumes e volume único. Você pode até encontrar no Ebay e Amazon para comprar.

  2. Os materiais extras das HQs realmente são um prato cheio para os fãs d’A Torre Negra! Ainda pretendo comprar o livro “The Dark Tower: A Complete Concordance” em inglês mesmo, já que por aqui acho difícil de ser traduzido.

    1. Infelizmente as hqs no brasil deixam de publicar muitos dos extras das hqs norte americanas (apesar disso, muitos desses textos podem ser encontrados no site do projeto: projeto19.com)

      1. Uhum, realmente percebo que os gringos valorizam mais os leitores (tanto que lançam os livros em brochura, capa dura etc).

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