Nasce uma lenda

Aconteceu há 70 anos atrás. No dia 21 de Setembro de 1947, (contrariando todas as expectativas possíveis, já que sua mãe havia sido informada que não poderia mais ter filhos), no Hospital Geral de Portland, Maine, nasce o garotinho Stephen Edwin King. Filho do marinheiro mercante Donald Spansky (que posteriormente mudaria de sobrenome para Pollack e por último para Edwin King) e da dedicada Nellie Ruth Pillsbury, King demonstrou seu talento para a escrita desde bem pequeno. Em 1959, então com 12 anos e já sem a presença paterna (o pai de King, um homem de espírito livre e que costumava viajar sempre, saiu um dia em 1949 para comprar cigarros e nunca mais voltou) King passou a escrever artigos para o jornal local “Dave´s Rag”, com suas opiniões sobre os programas de TV da época. Posteriormente ele passaria escrever diversos contos curtos que acabaria vendendo por 30 centavos de dólar cada. Sua paixão pelo terror nasceria após uma visita a casa de sua tia Emrine, onde ele encontraria uma caixa repleta de revistas velhas de ficção científica e horror.

Ruth amamentando o bebê Steve

Em 1962 King ingressa na Lisbon Falls High School, escola que renderia a inspiração para duas de suas histórias mais conhecidas, o romance Carrie e o mais recente 11/22/63, onde Lisbon Falls é um dos cenários da história. Quatro anos depois ele entra para a Universidade do Maine, em Orono, onde viria a se formar no ano de 1970, três anos depois de sua primeira venda como profissional, com o conto “The Glass Floor” e quatro anos depois depois de conhecer aquela que seria sua futura esposa, Tabitha Spruce. 1970 também foi o ano de nascimento de sua primeira filha com Tabitha, Naomi Rachel King. Em 2 de Janeiro do ano seguinte King se casaria com Tabitha em uma discreta cerimonia. Outros dois fatos dignos de nota marcariam a vida de S.K nos anos seguintes. Em 1972 nasce o primeiro filho do casal, batizado de Joseph Hillstrom King (que hoje conhecemos como o também renomado escritor Joe Hill) e em 1973 sua mãe, Nellie Ruth King, falece por causa de um câncer no pulmão. Esse fato marca bastante a vida de King, que posteriormente viria a abordar a doença em diversos dos seus livros.

Steve e seu irmão, David

Despontando para o sucesso

Em 1974 o primeiro livro de King, “Carrie”, é publicado pela Editora Doubleday, rendendo 2.500 dólares de adiantamento para o autor e tendo posteriormente seus direitos de brochura vendidos por 400 mil. King não estava muito animado com o lançamento do seu primeiro livro, tanto que por não achá-lo bom o suficiente resolveu jogá-lo no lixo. Tabitha, sua esposa, acabou resgatando o manuscrito de lá e conseguiu convencer o marido a terminá-lo. Posteriormente o livro viria a se tornar um fenômeno editorial, graças ao lançamento do filme homônimo de Briam de Palma, em 1976 pelos estúdios da MGM. Nesse interim, King já havia escrito e lançado outro romance em 75, intitulado de “Salem´s Lot” (“Salem” no Brasil). Dedicado para a sua filha Naomi, o livro tinha o título original de “Second Coming”, que posteriormente foi mudado para “Jerusalem´s Lot” e por fim para “Salem´s Lot”.

Em 1977, no mesmo ano de nascimento do último filho do casal, Owen Phillip King, acontece o Oscar. Entre os candidatos a melhor atriz coadjuvante está a jovem e talentosa Sissy Spacek, interprete de “Carrie” nos cinemas (além de sua colega de cena, Piper Laurie). O filme já era então um sucesso de público e crítica. Ainda neste ano King publica aquele que talvez tenha se tornado em seu romance mais conhecido, “The Shining” (“O Iluminado”). Dedicado para o pequeno Joe Hill o romance tinha originalmente mais de 500 páginas. Entretanto, para evitar gastos e conseguir manter um preço razoável para o livro, a editora optou por cortar um bom pedaço dele. O prólogo intitulado “Before the Play” (confira mais detalhes e a tradução do prólogo em nosso post especial, clicando aqui), que conta um pouco mais sobre a história do passado do Overlook Hotel, o hotel mal assombrado onde se passa a história do livro, viria a ser publicado apenas em 1982, após o sucesso do filme, na revista Whispers.

Nasce Richard Bachman

Ainda em 77 (mais precisamente no dia 13 de Setembro) nasce Richard Bachman, pseudônimo que Stephen King usaria em segredo para publicar alguns de seus trabalhos (o próprio King explicou um pouco mais sobre as razões que o levaram a usar o pseudônimo em “Os Livros de Bachman”, que você pode conferir na integra aqui).

Em 1978 dois livros são publicados por King. Seu primeiro livro de contos (Sombras da Noite) e outro fenômeno editorial, considerado pela maioria dos seus fãs como um dos melhores (senão o melhor) romances que ele já escreveu, a primeira versão de “The Stand” (“A Dança da Morte”), que tinha mais de 800 páginas (futuramente uma versão revisada seria lançada, com cerca de 300 páginas a mais de material inédito que fora cortado do primeiro livro). King dedicou este para sua esposa, Tabitha King, com a qual é casado até hoje.

Richard Bachman

Em 1979 King lança mais dois livros. Um deles sai pelo seu pseudônimo, Richard Bachman e é intitulado de “The Long Walk” (A Longa Marcha). O outro é Zona Morta, que posteriormente (1983) também viria a se transformar em filme com o ator Christopher Walker como interprete do personagem principal, Johnny Smith, que após acordar de um coma de cinco anos descobre que sua vida mudou drasticamente. No mesmo ano (Novembro) é lançada a Minissérie dirigida por Tobe Hooper que adapta o livro “Salem´s Lot”. Em Setembro do ano seguinte King publica “Firestarter” (A incendiária) e seria a vez do renomado diretor Stanley Kubrick levar um de seus livros para o cinema. Na época o diretor pretendia fazer “um filme definitivo” de cada gênero, e o escolhido para representar o terror foi o livro “O Iluminado”, lançado em Maio de 1980. Com um estilo de escrita flexível e facilmente adaptável, King passa a ser o filão preferido de Hollywood.

1981 foi o ano onde vimos mais um Bachman vir a vida. King utilizou-se de seu pseudônimo secreto para publicar o livro RoadWork (A Auto-Estrada), em março daquele ano. Em Abril King se aventuraria a publicar seu primeiro trabalho de não-ficção. O livro “Danse Macabre” (Dança Macabra) é um tratado teórico onde King aborda, entre outras coisas, o terror nas diversas mídias (cinema, tv, teatro…) e o modo como elas influenciaram no seu processo criativo. Em Setembro do mesmo ano seria a vez de outro romance sair pela editora Viking, “Cujo” (Cão Raivoso).

Em Maio 1982 temos outro Bachman saindo do forno. Agora é a vez de “The Running Man” (sua primeira versão foi publicada no Brasil com o título de “O Sobrevivente” e posteriormente republicada com o título alterado para “O Concorrente”). Em Julho daquele mesmo ano a Donald M. Grant publicaria o primeiro volume da saga “The Dark Tower” (A Torre Negra), intitulado de “O Pistoleiro”. O livro, que começara a ser escrito por King quando ele tinha apenas 19 anos (inspirado no poema épico “Childe Roland, A Torre Negra Chegou” e na trilogia “O Senhor dos Anéis”) já havia sido publicado anteriormente em formato de capítulos na revista de ficção científica “The Magazine of Fantasy & Science Fiction”.

Ainda em 1982 King publica a primeira coletânea de novelas intitulada “Different Seasons” (lançada no Brasil com o título de “As Quatro Estações”, em quatro edições separadas e posteriormente em uma única edição com as quatro histórias, pela extinta editora Francisco Alves). É o primeiro livro de King que não trata necessariamente do terror, apesar de possuir alguns elementos que lembram bastante o gênero. Uma das histórias é dedicada ao escritor Peter Straub, com quem King futuramente faria uma parceria que resultaria em dois livros.

Em Novembro daquele ano sai mais uma adaptação de King para os cinemas. “Creepshow” (CreepShow: O Show de Horrores). Dirigida pelo badalado diretor George A. Romero (responsável pelos sucessos gores da trilogia “Os Mortos Vivos”) o filme reune cinco histórias independentes, de vinte minutos cada. Um dos contos, “A Solitária Morte de Jordy Verrill”, baseado no conto “Weeds” trás o próprio King interpretando o personagem principal da história. Um fazendeiro desajeitado e ganancioso, que pretende ganhar muito dinheiro com um estranho meteorito que caiu no quintal de sua fazenda. Suas intenções acabam indo por água abaixo quando, ao tocar o meteorito, algo bem estranho acontece.

Em 1983 o último livro de King pela Editora Viking é publicado. “Christine” conta a história de Arnold “Arnie” Cunningham, e seu Plymouth Fury 1958 mal assombrado. Uma das dedicatórias do livro vai para George A. Romero, diretor com o qual King havia trabalhado no ano anterior em “Creepshow”. Em Novembro, pela Doubleday sai outro Bachman Book: “Pet Semetary” (O Cemitério).

Em agosto de 83 “Cujo”, adadaptação do romance homônimo de 1981 é lançado nos cinemas. Outras duas adaptações de obras de King ainda seriam lançadas naquele ano: “The Dead Zone” (Na Hora da Zona Morta) pelas mãos do diretor David Cronenberg e “Christine” (Christine, o carro assassino), do diretor John Carpenter.

Morre Richard Bachman

Em 1985 um persistente balconista de livraria de Washington DC, Steve Brown, localiza registros da Biblioteca do Congresso e descobre um documento nomeando King como o autor de um dos romances de Bachman. Após entrar em contato com os editores de King, citando o fato, Brown recebe um telefonema do próprio King admitindo que ele era realmente Bachman e sugerindo que Brown escrevesse um artigo sobre como ele descobriu a verdade e se dispondo a conceder uma entrevista para ele. Veio a público então a história da “morte de Bachman”, supostamente por “câncer de pseudônimo” em um artigo escrito por Brown no Washington Post. King já estava, na época, trabalhando em “Misery” (Angústia), romance que renderia, como de costume, mais uma adaptação para o cinema e um oscar para a atriz Kathy Bates e que King pretendia, inicialmente, publicar como um Bachman Book.

Outros dois livros seriam publicados em 85: Pela Editora Signet sai a republicação de “Cycle of the Werewolf” (A Hora do Lobisomem). O livro já havia sido publicado pela Land of Enchantment em uma edição limitada especial dois anos antes. Em Junho seria a vez da Editora Putnam publicar a coletânea  “Skeleton Crew” (Tripuação de Esqueletos), que reunia contos de King publicados nas décadas de 60, 70 e 80. Em Abril daquele ano é lançado nos cinemas americanos o filme “Olhos de Gato” (Cat’s Eye), adaptação dos contos “O Ressalto” (The Ledge) e “Ex-Fumantes, LTDA”. (Quitters, Inc.) do livro “Sombras da Noite” (Night Shift), além da história inédita “The General”. Em Outubro seria a vez da Universal lançar “Silver Bullet”, adaptação do livro “Cycle of the Werewolf” (A Hora do Lobisomem).

1986 seria um ano histórico para os fãs de Stephen King. Precisamente no dia 15 de Setembro daquele ano, King lançaria aquele que até hoje é considerado como um dos seus maiores (tanto no sentido físico quanto no sentido literário, já que o livro tem mais de mil páginas) livros, “IT” (A Coisa). O livro narra a história de sete homens que quando crianças enfrentaram uma criatura centenária conhecida como “Pennywise” (Parcimonioso). Após 30 longos anos eles se vêem obrigados a se confrontarem de novo com a criatura que haviam enfrentado quando crianças, numa aventura que deixará marcas profundas em suas vidas.

Outra duas adaptações de obras de King ainda seriam lançadas naquele ano. Em Julho foi lançada a adaptação do conto “Trucks” (Comboio do Terror) do livro “Sombras da Noite” e Agosto o filme “Stand By Me”, adaptação do conto “O Corpo” presente na coletânea “As Quatro Estações”. O filme ainda viria a concorrer ao oscar de melhor roteiro adaptado no ano seguinte e seria um dos responsáveis pelo sucesso do ator River Fenix, considerado por muitos como um dos atores mais talentosos da época e que infelizmente veio a falecer em 1993, com então 23 anos. Outro ator que manteve-se nos holofotes após o filme é Will Wheaton, interprete de Gordon Lachance, que participou de séries como Star Trek, Eureka e The Bing Bang Theory.

Em 1987 King bateria seu record de publicações, lançando 4 livros: “The Eyes of the Dragon” (Os Olhos de Dragão) em Fevereiro, “The Dark Tower II – The Drawing of the Three” (A Torre Negra II – A Escolha dos Três) em Maio, “Misery” (Angústia) em Junho e “The Tommyknockers” (Os Estranhos) em Novembro. Ainda em Novembro daquele ano estrearia a primeira adaptação de um livro de Bachman, o mediano “The Running Man” dirigido por Paul Michael Glaser com o ator Arnold Schwarzenneger.

Em 1989 King lança “The Dark Half” (A Metade Negra) e participa de uma copilação de contos chamada “Dark Visions”, onde contribui com três histórias: “Dedicatória” (Dedication), “Par de Tênis” (Sneakers) e “The Reploids”.

A década de 90

A Década de 90 foi particularmente produtiva para King, tanto no cinema quanto na literatura. Em 90 a DoubleDay relança “A Dança da Morte” nas livrarias. Em Setembro a Viking lança a coletânea “Depois da Meia Noite” (Four Past Midnight). Em Novembro estréia nos cinemas a adaptação de “Misery” (Louca Obsessão), filme que renderia, no ano seguinte, o único oscar para obras baseadas em trabalhos de Stephen King, o de melhor atriz para Kathy Bates.

Em Agosto de 1991 é lançada a terceira parte da Torre Negra, “The Dark Tower III – The Waste Lands” (A Torre Negra III – As Terras Devastadas). Em Outubro King lança “Needfull Things” (Trocas Macabras). Em 92 King lança “Gerald´s Game” (Jogo Perigoso) pela Editora Viking. Seis meses depois um romance que contém fortes ligações com ele também é lançado, “Dolores Claiborne” (Eclipse Total). King dedica o romance para a sua mãe.

Em 93 é a vez de mais uma coletânea, “Nightmares and Dreamscapes” (Pesadelos e Paisagens Noturnas). No Brasil o livro foi dividido em dois volumes. Em 94 King lança “Insônia” e dedica o romance para sua esposa, Thabita. 94 Também seria o ano em que Frank Darabont adaptaria o conto “Hope Springs Eternal: Rita Hayworth and the Shawshank Redemption” (Primavera Eterna: Rita Hayworth e a Redenção de Shawshank) do livro “As Quatro Estações”. No ano seguinte o filme concorreria em 7 categorias diferentes no oscar, não chegando a ganhar em nenhuma delas. Em Junho daquele ano King ainda lançaria “Rose Madder”

Em 1996 King se despede da Editora Viking com seu romance “Desperation” (Desespero), lançado em Setembro daquele ano. Em 97 temos a publicação da compilação de seis histórias intituladas “Six Stories”, o quarto volume da Torre Negra, “Mago e Vidro” e o fato marcante que tiraria de circulação para sempre um dos Bachman Books. Em Dezembro daquele ano o jovem Michael Carneal, com então 14 anos, abriu fogo num grupo de estudantes do Colégio Heath, em Paducah, Kentucky. Três garotas morreram e cinco ficaram feridas. No armário de Michael foi encontrada uma cópia de “Rage” (Fúria). King optou por proibir a publicação do livro para sempre, com medo que ele estivesse influenciando outros jovens a tomar atitudes semelhantes.

Em 1998 a atual Editora de King, Scribner, lança o primeiro livro dele com eles, “Bag Of Bones” (Saco de Ossos). Naquele mesmo ano King escreve o roteiro de “Chinga”, 10º episódio da 5º temporada do famoso seriado Arquivo X e o diretor Bryan Singer (conhecido por seus trabalhos com a franquia X-Man e pelo filme “Superman – O Retorno”) lança o filme “Apt Pupil” (O Aprendiz) baseado em um dos contos da coletânea “As Quatro Estações”.

O acidente e o fim da Torre Negra

Em 1999 nasce o primeiro neto de King, Ethan, filho de Joseph e sua esposa Leanora. Naquele mesmo ano King ainda lançaria outros três trabalhos que ainda encontram-se inéditos no Brasil: “The Girl Who Loved Tom Gordon” (A Garota que Amava Tom Gordon), “Hearts in Atlantis”, dedicada a Joseph, Eleonora e seu neto Ethan, e o audiobook “Blood and Smoke”, com contos publicados na coletânea “Tudo é Eventual”. Em Dezembro daquele ano ainda estrearia nos cinemas a adaptação do livro “The Green Mile” com o ator Tom Hanks. Originalmente o livro foi publicado em como uma série de 6 volumes, em formato pocket, com o título “O Corredor da Morte” no Brasil. Posteriormente, devido ao sucesso do filme de Darabont, o livro foi republicado com todos os volumes copilados em um único exemplar e título e capa do filme.

King se recuperando do acidente e a Van que quase o matou

Em 99 King ainda passaria, muito provavelmente, por um dos momentos mais complicados de sua vida. Enquanto fazia sua caminhada rotineira, em 19 de Junho daquele ano, King foi atropelado por uma Minivan desgovernada, enquanto o motorista tentava controlar seu cão no interior do carro. Fraturou o quadril, quebrou a perna e teve sérios danos pulmonares que quase o fizeram parar de escrever. O acontecimento o motivou-a a terminar a sua mais ambiciosa empreitada, a série “A Torre Negra”, visto que King se desesperou com o fato de morrer e deixar a série inacabada. Em 2003 ele lança o quinto volume, “Os Lobos de Calla”, concluido a série épica em 2004 com os dois últimos volumes, “A Canção de Susannah” (lançado em Junho) e o último livro “A Torre Negra” em Setembro. Em 2012 King ainda lançaria o 8º volume, que se passa entre os livros 4 e 5 (sendo portanto considerado o volume 4.5 da Torre), “The Wind Trough The Keyhole”, lançado no Brasil com o título “O Vento pela fechadura”. Antes disso King ainda lançaria “Duma Key” (2008), “Under The Dome” (2009), “Full Dark No Stars” (2010) e “11/22/63” (2011).

"Dr. Sono" e a Medalha Nacional de Artes

Em 2013 King lançou a continuação de um dos seus maiores sucessos, “O Iluminado”. O livro recebeu o título no Brasil de “Doutor Sono” (Doctor Sleep, no original) e a Suma de Letras, editora responsável pela publicação do material de Stephen King atualmente, optou por escolher a mesma capa da versão norte-americana do livro, que foi lançado em 2014 no Brasil.

Em 2014 King lançou seu novo romance, “Mr. Mercedes” (lançamento previsto para o primeiro semestre de 2016 no Brasil), primeiro de uma trilogia de livros do personagem Bill Hodges. O segundo livro da trilogia, “Finders Keepers”, foi lançado em Junho de 2015 e a terceira parte está prevista para ser lançada em 2016.

No dia 10 de Outubro de 2015 Steve foi um dos agraciados com a National Medal of Arts (Medalha Nacional de Artes), recebendo a premiação das nãos do presidente Barack Obama em uma cerimônia que ocorreu na casa branca.

King recebendo a National Medal of Arts

Em 2015, no Brasil, tivemos muitas outras novidades relacionadas ao mestre do terror. A Suma de Letras Lançou “Joyland” (romance lançado em 2013 nos EUA, que saiu originalmente pelo selo “Hard Case Crime”, especializado em literatura policial). “Escuridão Total Sem Estrelas” (Full Dark No Stars) e “Sobre a Escrita: a arte em memórias” (On Writing: A Memoir of the Craft, no original) foram outros dois inéditos que a editora lançou em 2015. O primeiro é a coletânea de quatro novelas que saiu nos EUA em 2010 e o segundo é a quase autobiografia de Stephen King que os fãs já aguardavam há muito tempo (o livro foi lançado nos EUA há 16 anos). Em outubro de 2015 ainda foi lançado no Brasil do livro “Revival”, romance publicado por King nos EUA em novembro de 2014.

Em novembro de 2015, no mercado internacional, foi lançada a coletânea “The Bazaar of Bad Dreams” (O bazar de sonhos ruins, no Brasil), que reuniu 20 contos de Stephen King, sendo alguns deles inéditos.

Em 2016 tivemos o lançamento de “End of Watch” (O último turno) no mercado internacional. Trata-se do último livro da trilogia que se iniciou com Mr. Mercedes. King participou de um tour pelos Estados Unidos para divulgar o livro.

Em 2016 King publicou um conto intitulado “The Music Room” (A Sala de Música, em tradução livre) em uma antologia de contos intitulada “In Sunlight or In Shadow: Stories Inspired by the Paintings of Edward Hopper”…(Na luz Solar ou na Escuridão: Histórias inspiradas pelas pinturas de Edward Hopper). King se juntou a outros 16 escritores (Joyce Carol Oates, Michael Connelly, Megan Abbott, Craig Ferguson, entre outros…) para homenagear o pintor e artista gráfico do século XIX que tornou-se conhecido por suas misteriosas e realistas representações da solidão da sociedade contemporânea e de sua visão pessoal da vida moderna americana.

No mesmo ano King publicou “Hearts in Suspension”, uma coletânea de não ficção. O livro cotém uma reimpressão da novela “Hearts in Atlantis” (inédita no Brasil), um ensaio substancial de King sobre seus anos como estudante nos tumultuados anos 60, narrativas pessoais de vários colegas e amigos dessa época, bem como uma galeria de fotos desse período e uma seleção com os textos que foram publicados no “King’s Garbage Truck” (O Caminhão de Lixo do King), uma coluna semanal escrita por ele e originalmente publicada no jornal estudantil “O Campus Maine” entre 20 de fevereiro de 1969 e 21 de maio 1970. O livro foi editado por Jim Bishop, seu ex-professor e foi originalmente lançado no dia 7 de Novembro daquele ano.

No Brasil a Suma de Letras completou a publicação da Trilogia Mercedes com os três títulos lançados: “Mr. Mercedes”, “Achados e Perdidos” e “O Último Turno”.

Em 2016 a Editora Suma deu continuidade, no Brasil, ao relançamento de algumas obras esgotadas de Kingm sendo a vez de “Cujo” (publicado anteriormente sob o título de “Cão Raivoso”) em formato especial (capa dura) e contendo alguns extras. O livro faz parte de um selo chamado “Biblioteca Stephen King”, responsável pela republicação do material raro do autor no país.

Foram publicados, na sequência, “A Hora do Lobisomem” (com as ilustrações originais e mais quatro ilustrações de artistas nacionais),  “O Iluminado” (2017), com prólogo e epílogo originais, nunca antes publicados, “A Incendiária” (2017), “A Metade Sombria” (2019), “Trocas Macabras” (2020) e “Carrie” (2022).

Em 2017 foram lançados ainda “O Bazar de Sonhos Ruins”, mais recente coletânea de contos de Steve, e o livro que King escreveu em parceria com seu filho, Owen King, intitulado de “Belas Adormecidas”.

Nos EUA King lançou, em parceria com seu amigo e também escritor, Richard Chizmar, o livro “The Gwendy´s Button Box), que posteriormente seria publicado no Brasil com o título “A Pequena Caixa de Gwendy”.

Nesse mesmo ano, mais precisamente no dia 9 de Agosto, King revelou o nome de seu próximo livro a ser publicado, “Outsider”. Um tempo depois ele também revelou que outro livro seria publicado em 2018; “A Ascensão”.

Stephen King ao lado de Morgan Freeman

Em 2018 King recebeu o PEN America Literary Service Award, das mãos do ator Morgan Freeman. Em maio ele lançou o conto “Laurie” (que foi disponibilizado gratuitamente, na época, pela Editora Suma, com tradução de Regiane Winarski), gratuito em seu site, como uma homenagem à sua cadelinha da raça corgi, conhecida como “Molly, A Coisa do Mal”. Ainda em maio “Outsider” foi lançado nos EUA, seguido da antologia “Terror a Bordo” (setembro), organizada por King e Bev Vincent e que reúne vários autores renomados e em outubro “A Ascenção” foi publicado.

Em 2019 a Cemetary Dance publicou, na antologia “Shivers VIII” o conto “Squad D”, escrito por King na década de 70 e até então uma publicação rara. No mesmo ano, mais precisamente em setembro, foi lançado o novo livro de King, “O Instituto” e “A Pequena Caixa de Gwendy” ganhou a continuação, escrita por Richar Chizmar e prefaciada por King.

A segunda década dos anos 2000

Em Fevereiro de 2020, por causa da série de fake news e desinformações divulgadas no facebook e instagram, King decidiu abandonar essas redes sociais e permanecer apenas no twitter. Ainda em fevereiro, seu novo conto, “The fifth step” (O quinto passo, em tradução livre) foi publicado no sita da Harper´s Magazine. Em abril foi lançada a primeira edição da adaptação para as hqs de “Belas Adormecidas” e seu novo livro, “If it Bleeds”, que chegou no Brasil com o título “Com Sangue”. Em outubro King publicou outro conto, agora na revista Esquire, intitulado “On Slide Inn Road”.

Em março de 2021 chega nos EUA e no Brasil o livro “Later” (Depois), publicado originalmente pelo selo Hard Case Crime (mesmo de Joyland e The Colorado Kid).

Em 2021 King ainda publicaria o livro “Billy Summers”, que também foi publicado, no mesmo ano, no Brasil pela Editora Suma, com tradução de Regiane Winarski.

Em 2022 tivemos outros dois romances de King. Em fevereiro ele publicou a última parte da “trilogia Gwendy”, “Gwendy’s Final Task”, que foi lançado no Brasil com o título “A última missão de Gwendy”. Em setembro foi lançado o livro “Fairy Tale”, que no Brasil recebeu o título de “Conto de Fadas” e que também foi lançado no mesmo ano.

Em 2023 Stephen King publicará o livro “Holly”, primeira história solo da personagem que apareceu originalmente, pela primeira vez, no livro “Mr. Mercedes” e que participou de outros quatro livros do autor, “Achados e perdidos”, “O último turno”, “Outsider” e “Com sangue”. A Editora Suma já confirmou que o livro será lançado no Brasil com a capa original e na mesma data que sairá nos EUA.

Para 2024 temos confirmado, no Brasil, até o momento, o relançamento do livro “Eclipse total”, que foi rebatizado com o nome original, “Dolores Claiborne” e que será publicado pelo selo “Biblioteca Stephen King”. Também teremos, por aqui, o lançamento do livro inédito de contos, “You like it darker”, traduzido por Regiani Winarski.

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