A Dança da Morte (1978)

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Título Original: The Stand
Título Traduzido: A Dança Da Morte
Ano de Publicação: 1978
Data de Publicação: 01/09/1978
Personagens Principais: Stu Redman, Abagail Freemantle, Fran Goldsmith, e Randall Flagg
Cidades da História: Arnette, Boulder, Castle Rock, Haven, Hemingford Home
Estados da História: Texas, Colorado, Maine, Nebraska
Adaptação: A dança da morte (1994)
Disponível no Brasil pelas Editoras: Bertrand Brasil (1990) – Objetiva (2005) – Suma de Letras (2013) – Ponto de Leitura (2014)

SOBRE O LIVRO…

Em “The Stand” (A dança da morte, no Brasil) uma poderosa arma biológica é acidentalmente libertada de uma base secreta nos Estados Unidos, um vírus extremamente mortal que acaba por dizimar quase toda a população da terra, excetuando uma pequena parcela resistente a ele. Logo os sobreviventes se veem divididos e são obrigados a optar entre uma bondosa senhora de idade chamada Mãe Abigail ou um ser misterioso chamado Randall Flagg, cuja primeira atitude no momento de crise é recrutar a escoria da sociedade sobrevivente para formar o seu “batalhão”, tencionando conquistar, com eles, o que restou da civilização moderna pós apocalíptica.

“A dança da morte” é considerado por muitos (e aqui incluímos tanto os fãs quanto a crítica especializada) como o melhor livro de Stephen King. É uma história e tanto sobre o fim do mundo e sobre como os sobreviventes foram afetados por ele. Elementos sobrenaturais e o terror que caracterizaram King como um dos maiores neste tipo de narrativa estão lá, fato que, por sí só, já é ponto garantido para o autor. Porém, como é costume do próprio King, esses elementos nada mais são do que o pano de fundo para um emaranhado de histórias maiores (literalmente, já que o romance tem quase mil páginas na versão em português).

A primeira parte do romance narra os acontecimentos ocorridos nos primeiros dezenove dias (quem já leu a saga “A torre negra” sabe que o dezenove é um numero cabalístico bastante importante nas obras do mestre) após a infecção pelo vírus mortal apelidado de “capitão viajante” e fala basicamente sobre a ruina da sociedade moderna, que logo na segunda parte do romance se vê dividida, tendo que escolher entre o lado do bem, representando no romance pela bondosa senhora de idade apelidada de Mãe Abigail, ou pelo lado do mal, representado pelo misterioso Randall Flagg (outra menção a série a torre negra, já que Randall Flagg é um dos principais vilões da série). Entre os que tem que optar por um lado estão, por exemplo, uma colegial grávida chamada Frances Goldsmith, Stuart Redman, um trabalhador de fábricas desempregado do Texas, Larry Underwood, um músico pop insatisfeito que torrou o seu dinheiro com festas regadas a muita bebida, sexo e rock and roll, e Nick Andros, um surdo mudo que, apesar de suas limitações vocálicas será uma das peças principais para o desenlace da trama.

Estes sobreviventes, mais uma infinidade de outros, são levados por uma mulher misteriosa que aparece chamando-os em seus sonhos até a cidade de Boulder, no Colorado, onde conhecem Abigal Freemantle, uma senhora de idade (a mesma dos sonhos) com poderes psíquicos semelhantes ao “toque” de Alain em A torre negra, que passa a agir como líder religiosa do grupo. Do outro lado um grupo de criminosos, que incluem um ladrão de bens públicos, um incendiário e um chefe do departamento de policia de Santa Mônica, são reunidos pelo maligno Randall Flagg em Las Vegas, Nevada, onde Flagg mantém seu reinado tirano sobre eles, ao passo em que tenta guia-los para a conquista do que sobrou do mundo após a super gripe. Logo os dois grupos tomam consciência dos seus devidos papeis na história de definirá o destino do mundo e partem para um embate de vida ou morte.

Devido ao fato de ser um livro grande, existem momentos altos e baixos. A primeira parte, em especial, que narra os primeiros momentos da população após a infecção pelo “Capitão Viajante” é, na minha opinião, um dos melhores trechos de livros do mestre. Na segunda parte a ação decai um pouco, dando lugar aos problemas pessoais de cada personagem, mas quem gosta de uma narrativa um pouco mais elaborada com certeza irá gostar de conhecer os personagens mais a fundo. Na terceira parte a ação volta a dar as caras, com um desfecho digno de uma super produção de Hollywood.

Apesar do tamanho, ao terminar de ler A Dança da Morte o leitor fica com a sensação de que a história se passou rápido demais. Os personagens são tão verossímeis, com seus problemas e limitações, que quando algo de ruim acontece com algum deles você se sente culpado (e com uma ligeira vontade de socar o escritor ou de obriga-lo a reescrever o final do personagem como a fã obcecada em “Misery”).

CURIOSIDADES

  • O livro tem três versões. O romance original foi publicado em 1978. Nele a história se passava em 1980. Em 1985 o livro foi relançado com a história atualizada para aquele mesmo ano. Posteriormente, em 1990, uma versão revisada e integral, com cerca de 300 palavras a mais foi publicada. Nesta edição o tempo da história foi alterado para o mesmo ano.
  • Foi inspirado no livro   Earth Abides de George R. Stewart.
  • Teve uma adaptação para a tv, em um seriado dirigido pelo diretor Mick Garris.
  • Em Janeiro de 2011 foi anunciado pela Warner uma nova adaptação, agora para o cinema, que será dirigida pelo ator/diretor Ben Afleck.
  • Foi adaptado para os quadrinhos pela Marvel Comics (mesma editora responsável pela adaptação da série A Torre Negra para as Hqs).
  • A banda de rock progressivo Shadow Circus criou uma série de músicas sobre os eventos do livro.
  • Em 1983, a banda de rock alternativo The Alarm lançou a música “The Stand” também inspirada na obra.
  • O universo pós apocalíptico do livro também aparece na série A Torre Negra (mais precisamente no quarto livro da série, Mago e Vidro) onde é mostrado como parte de uma, das inumeras realidades paralelas que cercam nosso universo.
  • O vilão Randall Flagg é o mago Marten Broadcloack da série A Torre Negra são a mesma pessoa. Ele também aparece como vilão no livro “lágrimas do dragão”
  • O personagem Larry Underwood tem parentesco com Jean Underwood, professora assassinada no livro “Rage” (Fúria).
  • O capitão viajante, vírus que dizimou quase toda a população da terra no romance A dança da morte, teve sua primeira aparição no conto “Night Surf” (Espuma noturna), do livro “Sombras da noite”.
  • Em um trecho do livro, Stu e Tom encontram um Plymouth Fury abandonado, com as iniciais A.C gravadas nele. Arnie Cunningham foi o dono do Plymouth que ele apelidou de Christine no livro de mesmo nome.
  • A cidade de Hemingford Home, Nebraska, onde Mãe Abigail vive, apareceu originalmente pela primeira vez no conto “The lst rung on the ladder”. Ainda apareceu no romance “IT”, como o lugar onde fica a casa do personagem Ben Hanscom. A cidade ainda é citada como lugar da novela 1922 da coletânea “Full Dark, no stars”
  • O sinal de rádio de Arnette, Texas, é o mesmo do livro The Tommyknockers.
  • Stu tem um sonho com uma criatura de olhos vermelhos num campo de milho, numa clara referência ao conto “childrens of the corn” (as crianças do milharal).
CAPAS

Crítica do leitor

Quando comecei a ler Dança da Morte, ele me pareceu um tanto parado. Conta a história de um tipo de gripe fatal, que ganha o nome de capitão-viajante. Assim a população é quase dizimada, só alguns sobrevivem e são imunes ao vírus sem nenhum motivo aparente. Então o começo do livro fala sobre a repercussão do vírus, em como ele afetou a população e também apresenta os personagens neste inicio do apocalipse. Como todo filme/livro que fala sobre epidemias, o começo é meio paradão, meio morno. Então King acrescenta algo inesperado: os sobreviventes passam a ter o mesmo sonho. O sonho mostra uma velha senhora negra em uma casa no interior do Colorado e sentem-se chamados por ela, mas algumas dessas pessoas tem um outro tipo de sonho, e são chamadas por uma pessoa não tão simpática como a velha Abigail. A partir desse ponto, devorei completamente o livro.

A luta entre as pessoas do grupo da velha senhora e o grupo do malvado, bruxo e demoníaco (sim, ele é tudo isso) Randall Flag que se transforma em uma clara guerra, nos faz sentir ódio por alguns personagens e amor por outros.

Convido vocês a se apaixonarem por Nick Andros, como eu. Resumindo, pode parecer chato no começo, mas continuem lendo, os acontecimentos, a evolução dos personagens prende a leitura até o fim.

Crítica enviada pela leitora Priscilla Rubia

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14 respostas

  1. “A Dança da Morte” é uma jornada muito boa de se acompanhar, os detalhes dos personagens é justamente algo que os torna mais reais, mais sólidos e me fez querer ver qual seria o destino de cada um deles…mesmo que para isso tivesse de atravessar mais 2000 páginas! O humor negro e ácido do Flagg é demais!

  2. Dança da Morte foi o último livro do King que li. No começo achei meio parado, mas após o início dos sonhos os personagens evoluem de uma forma surpreendente e isso fez com que o livro fosse devorado *-*

  3. Tenho que confessar, sou fã do SK desde meus 11 anos de idade, quando ganhei (comprado em uma livraria que vendia livros novos porém antigos, não um sebo, mas sim livros novinhos em folha, mas que era bem antigos… estranho não?)
    Pois bem, e desde que descobri esse site, entro nele todos os dias. A Dança da Morte, sempre foi meu sonho de consumo, mas também um dos meus maiores medos… E se eu não gostasse? Isso faria de mim um péssimo Leitor Fiel?
    Pois bem, eu comecei a ler fazem 2 semanas, e realmente achei super chato o ínicio… Parei de ler… Mas agora que vocês colocaram o livro e a adaptação aqui, com comentários e curiosidades, voltei a ler e realmente, agora o livro está ótimo e está me prendendo.
    Muito Obrigado
    e meus mais sinceros parabéns, pois vocês me mostraram que, sim, existem mais fãs do SK por ae (nunca encontrei ninguém, pelo menos aqui em Curitiba). E a qualidade das noticias e do site de vocês é impecavél.
    Mais uma vez, obrigado!

    1. A dança da morte é realmente um livro que você tem que persistir porque vale a pena a recompensa. Ficamos muito feliz que esteja gostando do site Rodrigo e prometemos continuar nos esforçando para agradar cada vez mais aos fãs do mestre espalhados pelo Brasil. Abraço grande!

  4. eu li o começo,achei o fantástico,mas quando faltam umas 100 páginas pra terminar,fica lento..e mais lento,e o fim é meio que..ah,sei la,me decepcionei um pouco no fim!

  5. eu li o começo,achei o fantástico,mas quando faltam umas 100 páginas pra terminar,fica lento..e mais lento,e o fim é meio que..ah,sei la,me decepcionei um pouco no fim!

  6. Acabei de ler o livro, e agora o que eu sinto foi um vazio!! Porque acabou!!!????

    Ao contrário, o início não achei ruim , é como se a gripe estivesse se espalhando aos poucos e nossos personagens com o tempo descobrindo essa tragédia, do modo particular de cada um…

    Só teve duas partes que não gostava de ler:
    Quando narrava sobre o Homem da Lata de lixo (me dava sono só de ver seu nome na página) e também sobre as descrições das assembléias, mas aceito que tais passagens eram necessárias.

    Mãe Abagail, foi um personagem que não me causou empatia, que bagunça que foi aquela no final? Tirou toda sua credibilidade com aquele fanatismo religioso! Mas eu sei que ela era fundamental!

    Agora como não gostar de Stan, Nick e Kojak!!
    Fico muito feliz por ter lido o livro, e simplesmente Amei, com certeza será um dos meus livros prediletos!!

    Salve SK!

  7. Fascinante, desde que soube da sinopse tratei de ir atrás pra ler. Incrível como o autor retratou o bem e o mal e a divisão dentro das pessoas. Fora inúmeros aspectos que fazem desse uma obra prima, todos deveriam ter a oportunidade de ler.

  8. A alguns anos, ou muitos anos tive contato com essa obra de S.King, atravez de um seriado de tv e como sempre o livro tem um conteudo bem maior, na minha opinião pessoal é um livro qe faz com qe eu reserve um tempo todo dia para ler.

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