Livro da Semana: “A Torre Negra II: A Escolha dos Três”

Título Original: The Dark Tower II: The Drawing of the Three
Título Traduzido: A Torre Negra II: A escolha dos três
Ano de Publicação: 1987
Personagens Principais: Roland Deschain, Eddie Dean, Susannah Dean, Jack Mort, Jake Chambers
Cidade da História: Nova York
Estados da História: Nova York
Disponível no Brasil pelas Editoras: Editora Objetiva (2004)

Sinopse

No primeiro volume da série, “A Torre Negra, O Pistoleiro” acompanhamos Roland Deschain em sua busca interminável pela Torre Negra, o eixo central de todos os multiversos existentes. A Torre está ruindo e com ela esses mesmos universos num processo de degradação ao qual muitos se referem como “um mundo que seguiu adiante”. Roland pretende parar, e se possível, reverter esse processo para que o seu mundo volte a ser como antes.

O inicio do segundo volume começa exatamente no mesmo ponto em que o primeiro termina (leia aqui o primeiro capítulo). Roland está na praia, observando o por do sol, cansado e pelo menos 10 anos mais velho após a estranha confabulação com o Homem de Preto que revelou parte do seu futuro em suas misteriosas cartas de Tarô. Porém, com a idade, sua convicção e vontade de chegar até a Torre Negra e reverter o processo de degradação dos mundos, não esvaneceu. Pelo contrário. Tornou-se ainda maior.

Nesse segundo volume Roland não estará sozinho em sua busca. Como foi profetizado anteriormente pelo Homem de Preto, ele recrutará três pessoas necessárias para que sua busca pela torre obtenha sucesso. O primeiro deles é “O Prisioneiro”. A “prisão” aqui é usada num sentido metafórico, já que Eddie Dean, o primeiro recrutado por Roland para seu novo Ka-tet, não é literalmente um Prisioneiro. O que o prende, na verdade, é uma droga chamada “ Heroína”. Eddie é um viciado da Nova York dos anos 80 que, ao conhecer Roland, estava fazendo um “trabalhinho” de contrabando para o mafioso Enrico Balazar. Mas não se engane. Eddie, apesar de carregar todos os traços típicos de um, ele não é um viciado qualquer, e, assim como os outros dois escolhidos, terá um papel de suma importância nos outros cinco romances da série. Sempre piadista e brincalhão, Eddie é o que podemos chamar de “versão atual” de Cuthbert, um amigo do antigo Ka-tet de Roland (e cujo destino, pelo menos no momento, não nos diz respeito).

O segundo escolhido (ou escolhida, no caso) é Odetta Holmes, uma negra ativista dos anos 60 que perdeu suas pernas em um “acidente” (atenção para as aspas). O que o Pistoleiro não sabia é que, ao recrutrar Odetta, ele também estava levando de brinde para casa Detta Walker (Odetta sofre de Transtorno dissociativo de identidade – Dupla personalidade), uma mulher de personalidade completamente diferente da anterior, capaz de roubar bijuterias baratas, excitar homens e depois deixa-los na mão, além de ter uma boca extremamente perspicaz em se tratando de palavras de baixo calão.

Na terceira porta, com a descrição “O empurrador”, Roland irá encontrar “A morte” (“mas não para você pistoleiro”), que virá na forma do assassino em série chamado “Jack Mort”. O “modus operandi” de Mort é bem simples. As vezes ele se aproxima de sua vitima e a empurra, ou joga coisas na cabeça dela. Apesar de simples são bastantes eficazes, já que Mort cometeu inúmeros delitos dos quais escapou impunemente (até encontrar o Pistoleiro). Logo descobrimos que o destino de Mort está ligado diretamente com o de Odetta Holmes.

O segundo volume da Torre Negra é um livro bem diferente do primeiro. Quem estava acostumado com a climatização mais metafórica e longas confabulações (como a final, entre Roland e o Homem de Preto) talvez se decepcione um pouco com esse volume. Porém, para aqueles que gostam de um pouco mais de ação e aventura, com certeza será um prato cheio. Não que esses elementos estejam presentes o tempo todo nesse volume. Infelizmente eles não estão. Mas em “A escolha dos três” as coisas começam a se desenrolar já podemos ter uma noção do que nos aguarda nas páginas dos próximos volumes. Com a inclusão do novo Ka-tet as possibilidades de interação dos personagens com a história aumentou consideravelmente. Enquanto em “O Pistoleiro” nos limitávamos a acompanhar um Pistoleiro cansado em busca de um homem vestido de preto, em “a escolha dos três” nos deparamos com a angustia de um irmão menor que via no irmão mais velho (e irresponsável) um porto seguro, já que ele fora o unico que havia sobrado de sua família. Conhecemos um pouco mais sobre como era a vida nos anos 60, ao nos encontramos com Odetta Holmes e sua intrigante dupla personalidade e chegamos até a “passear” e “descobrir” um pouco sobre como funciona a mente doentia de um assassino em série, quando conhece Jack Mort.
Em resumo, é um livro intrigante, e, particularmente falando, um dos que mais gosto, já que é nele que as personalidades dos futuros novos Pistoleiros começa a ser moldada. A partir daqui A Torre Negra passa a ser uma série realmente interessante e que você com certeza não conseguirá largar antes de descobrir o desfecho.

Curiosidades

  • Em um trecho do livro o mafioso Richard Ginelli (do romance “A maldição do Cigano”) é mencionado.
  • O subtítulo do livro é “RENOVAÇÂO” e faz referência, muito provavelmente, ao primeiro Ka-tet de Roland (esse segundo seria uma espécie de “RENOVAÇÂO” dele).
  • Ao encontrar a porta suspensa no meio da praia que lava para seu mundo, Eddie compara ela a do filme “O iluminado”.
  • O personagem “Jack Mort” tem a descrição bastante semelhante ao personagem de Johnny Depp no filme “Janela Secreta” (o nome do personagem dele no filme é Mort Rainey. Seria “Jack” o primeiro nome dele?)

Capas

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4 respostas

  1. hoje,assim do nada,comecei a ler o volume 2 da torre…
    agora não consigo mais parar.o livro está excelente,daqueles livros que grudam em você,e não deixam você parar de lê-lo!
    ja planejo comprar os volumes 3 e 4 …

  2. Confesso que gostei mais do segundo volume da torre negra.Para mim um dos grandes méritos do stephen king,é saber arrastar uma história sem que o leitor perca a vontade de a ler.E pode crer que ele arrasta mesmo, estou lendo o quarto volume e ele tem sem brincadeira umas 800 páginas.Mas eu estou gostando muito dessa coleção.Acho incrível como ele consegue muitas vezes fugir do argumento principal da história,é como se a história principal fosse um mero detalhe do livro.Para muitos escritores isso seria suicídio,mas a habilidade de fazer isso torna ele diferente dos outros escritores.O primeiro volume e meio arrastado e cansativo,mas e um sacrifício que vale a pena.

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