O PISTOLEIRO


A primeira modificação significante na versão revisada ocorre logo no inicio do livro. King acrescenta algumas frases descrevendo a sensação de tontura que Roland sente ao atravessar o deserto. Essa sensação fez com que o mundo parecesse mais "fino", quase como se pudesse olhar através dele, de um mundo para o outro. Essa sensação é semelhante a forma como Eddie e Jake descrevem sua primeira viagem em estado Todash a Nova York.

Embora falando sobre os diferentes níveis do Khef, e como eles o afetam, Roland atribui a habilidade de ignorar a sede a um Manni de quinto nível. Isso coloca os Manni´s na primeira pagina da série, ao invés de no inicio de Mago e Vidro.

King insere a idéia de que Roland fora durante toda sua vida particularmente adaptável.

Roland tem nas armas duas chapas metálicas, adicionadas a cada uma delas para adicionar peso. Isso é necessário porque as armas foram passadas de pai para filho.

King remove três linhas sobre como Roland tem combatido suas inúmeras batalhas durante sua vida, transformando-as em uma simples declaração, dizendo que “ele agora tem menos balas no cinturão.”

Ao descrever o vestuário de Roland, King acrescenta que ele perdeu a Corneta do Eld. Está é uma referencia a batalha de Jerico, onde seu fiel amigo de ka-tet original Cutberth Algood morreu.

Os sinais deixados por Walter afirmam sua "possível" humanidade, ao invés de "definitiva" ou "essencial" humanidade, como no original. Isso sugere que Walter (e seus outros nomes) foram alterados a partir do que King inicialmente criara, mais de trinta anos atrás.

King acrescenta um trecho falando sobre a maneira como Roland sente estar chegando perto do homem de preto, e introduz a frase: “Haverá água se Deus quiser", mencionada originalmente pela primeira vez em "As terras devastadas", e poucas vezes em Lobos de Calla.

King afirma que a antiga rodovia segue rumo ao sudeste - a mesma direção que o feixe que o ka-tet segue em três livros. Ele acrescenta que Roland sente que avançar nessa direção foi mais algo como um magnetismo.

Cort é mencionado pela primeira vez, quando Roland ouve sua voz em sua cabeça.

Roland repete uma antiga rima ao acender a fogueira.

A "Velha mãe" é mencionada pela primeira vez.

Roland lembra-se de ver um Taheen

Roland e Brown trocam uma saudação diferente: "longos dias e belas noites"
Brown afirma ter avistado um homem pássaro (taheen) e que ele buscava um lugar chamado Algul Siento. Um lugar de suma importância no ultimo livro.

Roland menciona que Brown fala como o povo Manni e Brown diz que ele viveu com eles durante algum tempo, mas que aquilo não era vida para ele.

Quando Brown pergunta se Walter é um feiticeiro, Roland responde que sim, entre outras coisas.

Ka é mencionado constantemente. Na versão original não era.

Sheemie é mencionado pela primeira vez.

Roland menciona que o tabaco que usava vem de Garlan.

Roland se questiona se Brown é um truque, uma feitiçaria do homem de preto. Em resposta a isso, Brown fala ao pistoleiro que não é. Que apenas quer acordar vivo no dia seguinte.

O detalhe dos três garotos brincando quando Roland chega a Tull é acrescentado à narrativa. Um deles tem a calda de um escorpião grudada ao chapéu e outro é cego.

King faz uma referencia a Commala, dança típica da região onde morava e que ele realiza com proeza incrível no volume 5, lobos de cadela.

O nome "Sheb" soa familiar a Roland.

A Kennerly é acrescentado o primeiro nome - Jubal.

Será dada uma atenção especial ao sorriso característico de Walter, um pormenor que não está presente na versão original.

Depois de contar sua historia a Roland, o mesmo adverte a Allie que Walter pode ser muitas coisas, mas não é mentiroso. Se ela da valor a sua sanidade ela nunca deve dizer a palavra dezenove para Nort. Roland adormece, enquanto ela permanece acordada, pensando nos segredos guardados pela palavra mágica.

Quando Roland menciona que vai embora, Allie chora silenciosamente. Inicialmente, ela chora, porque Roland decide permanecer em Tull por algum tempo. Na versão revisada ela chora porque tem sido assim desde muito tempo. Ninguém jamais ficara tempo o suficiente para que ela agradecesse.

Nos descobrimos que Kennerly enterrou duas esposas.

King comenta que Roland quase não tem senso de humor.

Originalmente, Roland folheia através de revistas velhas para passar o tempo em Tull. Esta referência foi removida na edição revista.

Roland reconhece Sheb do salão em Hambry (mago e vidro)

Roland confronta Sheb que tenta esfaqueá-lo.

A pregadora Sylvia faz referência à "o local da queima trevas para além do fim do Fim-Mundo"

Mais uma vez Roland faz referência à trajetória do feixe correr a Sudeste e gostaria de saber se poderia ter tomado um trem durante suas viagens.

Um dado interessante é que Pittson refere-se à criança que supostamente cresce dentro dela como "o filho de um rei" ao invés do original que era "O filho de um anjo". Está é uma clara referencia ao Rei Rubro.

King acrescenta que o homem de negro "tinha falado de um filho do Rei, um príncipe vermelho".

Uma mudança importante entre as duas edições é como Allie morre. Em ambas as versões, ela é mantida como refém pelos moradores enloquecidos de Tull. No entanto, inicialmente, Roland a mata para por puro instinto. Suas mãos treinadas para reagir mais rápido do que sua mente. Ela grita para ele não atirar, mas é tarde demais, e a culpa da sua morte faz com que Roland sinta remorso durante toda a historia. Na edição revisada ela pede para Roland matá-la, porque ela falou a palavra proibida (dezenove). Desse modo ela não pode suportar os horrores que Nort sussurrou de volta para ela. Quando morre King diz que "a última expressão em seu rosto poderia ter sido gratidão."

Uma sutil mudança sobre a forma como Roland abateu os moradores de Tull a tiros também foi feita.

Apesar de recarregar suas armas com rapidez King diz que em vez de ter gasto vinte e cinco anos para dominar esta habilidade, Roland "passara mais de mil anos aprendendo este truque e outros." Isso ressalta a idéia de que o mundo mudou, e Roland tem estado em sua busca por muito mais tempo do que o leitor suspeita.